no travesseiro pensando em alguém, com a certeza que essa pessoa também está pensando em mim. Quero ter a paz de saber que tenho um, dois, ou até três amigos que, quando perguntam se estou bem, querem ouvir como está o sufoco dentro do meu peito que aparece por essa minha mania de sentir demais; ao invés do educado “estou ótima, e você?” - porque eles, esses amigos, sabem que eu não estou feliz, e conhecem a angústia presente nos meus olhos; aqueles com olheiras que só os verdadeiros amigos tem coragem de admitir que todos percebem que não durmo direito já tem uns dois meses.
Não tenho a pretensão de ser a mais feliz, apenas quero ser feliz. Posso ser a última no ranking de felicidade, o importante é que eu deixe de ser a primeira da lista dos infelizes. Quero ter um sono leve, vindo pelas lembranças de um dia fantástico. Mas parece que estou fadada a dormir imaginando diálogos que nunca acontecerão, junto com sonhos impossíveis. "
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